Bazenga, Aline2019-09-302019-09-302019Bazenga, Aline (2019). A variação entre ter e haver em construções existenciais numa variedade insular do PE (Funchal). In E. Carrilho, A. M. Martins, S.Pereira e J. P. Silvestre (orgs.), Estudos linguísticos e filológicos oferecidos a Ivo Castro (pp. 181-216). Lisboa: Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.http://hdl.handle.net/10400.13/2543A sintaxe do português, tal como outros domínios do seu sistema, mudou ao longo do tempo. No entanto, algumas variedades do português europeu (PE), sobretudo insulares, exibem traços sintáticos não-padrão mais conservadores, que resistiram à mudança ocorrida em variedades continentais, de que é exemplo o uso de ter em construções existenciais (onde eu trabalho tem muita gente de idade). O estudo que propomos, realizado no âmbito da Sociolinguística Variacionista (Weinreich, Labov e Herzog 1968, Labov 1972), visa analisar as ocorrências de ter e de haver neste tipo de construções em amostras do PE falado no Funchal (PEI-Funchal), selecionadas a partir do Corpus Concordância (Bazenga 2014). Os resultados apontam para valores significativos do uso da variante ter não-padrão – embora não tão expressivos quanto os observados em variedades do Português do Brasil (PB) (Mattos e Silva 2002a, 2002b, Avelar 2006a, 2006b) – como também para a influência de variáveis linguísticas (morfologia do verbo e traço semântico do N que integra o SN à sua direita) e sociais (género e nível de escolaridade dos falantes), em conformidade com o observado em trabalhos similares, realizados no âmbito das variedades do PB).porVariação ter/haver em construções existenciaisSociolinguística variacionistaVariedade do PE falado no FunchalMadeira (Portugal).Faculdade de Artes e HumanidadesA variação entre ter e haver em construções existenciais numa variedade insular do PE (Funchal)book part