Browsing by Author "Paiva, Miguel"
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- Aeromicologia de Lisboa e a sua relação com os fatores meteorológicosPublication . Ferro, Raquel; Nunes, Carlos; Caeiro, Elsa; Camacho, Irene; Paiva, Miguel; Morais-Almeida, MárioIntrodução: Os esporos de fungos como o Cladosporium e a Alternaria presentes em ambientes outdoor são responsáveis pelo desencadeamento de reações alérgicas. Assim sendo, o estudo aeromicológico de uma zona geográfica é importante. Objetivos: Identificar e quantificar os tipos de esporos de fungos presentes na atmosfera de Lisboa e analisar a influência dos fatores meteorológicos nas suas concentrações, de modo a conhecer a sua variação sazonal. Metodologia: Analisaram -se os dados das monitorizações da estação de Lisboa da Rede Portuguesa de Aerobiologia (RPA) de esporos de fungos, de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2013. Usou -se um captador Burkard Seven Day Volumetric Spore -trap® e um sistema de leitura ao microscópio ótico com uma ampliação de 400x. A influência dos fatores meteorológicos sobre as concentrações dos esporos foi avaliada pela análise da correlação de Spearman. Resultados: Coletaram -se 657 922 esporos de fungos com uma concentração média diária de 1803 esporos de fungos/m3. Os tipos de esporos de fungos mais abundantes foram: Cladosporium cladosporoide (53,6 %), Amanita (8,8 %), Ustilago (4,3 %), Leptosphaeria (4,2 %), Coprinus (4,0 %) Cladosporium herbarum (3,7 %), Mycospharella (3,4 %), Boletus (2,1 %), Aspergillus -Penicillium (1,8 %), Agaricus (1,4 %) e Alternaria (1,1 %). As concentrações mais elevadas de esporos de fungos registaram -se entre o final da primavera e o outono. Em outubro obteve -se o índice mais elevado, 172 507 de esporos de fungos/m3. A temperatura média apresenta uma correlação positiva com as concentrações de conídios, com os esporos totais e uma correlação negativa com os níveis de ascósporos. A humidade relativa e a precipitação apresentaram um efeito positivo com os ascósporos, mas negativo com os fungos anamórficos, mixomicetos e esporos totais. Os basidiósporos apresentaram correlação positiva apenas com a precipitação. A velocidade média do vento foi estatisticamente negativa com os fungos anamórficos e basidiósporos e com os esporos totais. Conclusões: O estudo permitiu caracterizar a distribuição intra -anual dos esporos fúngicos em Lisboa, facilitando o planeamento de estudos para avaliação de sensibilização alérgica e seu eventual impacto clínico.
- Monitorização de esporos de fungos em Lisboa, 2014 -2016Publication . Ferro, Raquel; Nunes, Carlos; Camacho, Irene; Paiva, Miguel; Morais Almeida, MárioObjetivo: Avaliar a distribuição dos esporos de fungos potencialmente alergizantes em Lisboa no triénio 2014 -2016, caracterizar a sua prevalência na atmosfera e estudar a influência dos fatores meteorológicos nas suas concentrações. Métodos: Monitorizaram -se os esporos de fungos presentes no ar atmosférico de Lisboa entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2016. A amostragem foi efetuada através um captador Burkard Seven Day Volumetric Spore -trap®. Para identificação e quantificação de esporos de fungos recorreu -se a um sistema de leitura ao microscópio ótico baseado na análise de uma linha longitudinal ao centro da lâmina com uma ampliação de 600x. A influência dos factores meteorológicos sobre as concentrações dos esporos foi realizada pela análise da correlação de Spearman. Resultados: Neste estudo obteve -se uma concentração média diária de 3118 esporos/m3 de ar. A concentração anual total de esporos de fungos de 2014 foi a mais elevada (1 258 580 esporos/m3 de ar). Os tipos de esporos com maior prevalência na atmosfera de Lisboa foram Cladosporium cladosporoides (48,2%), Coprinus (4,5%), Leptosphaeria (2,5%), Agaricus (2,0%), Cladosporium herbarum (1,9%), Ustilago (1,5%) e Alternaria (1,2%). As concentrações mais elevadas registaram -se nos meses de verão e outono. Constatou -se um claro efeito dos parâmetros meteorológicos sobre as concentrações dos esporos de fungos. A temperatura média apresentou uma correlação positiva com a concentração total de esporos Cladosporium, Alternaria e Ustilago e negativa com Coprinus, Agaricus e Leptosphaeria. A humidade relativa e a precipitação, relacionadas com a concentração total de esporos fúngicos, tiveram um efeito positivo significativo sobre os níveis de Coprinus, Agaricus e Leptosphaeria, apresentando uma correlação negativa com os níveis de Cladosporium, Alternaria e Ustilago. Conclusão: Este estudo permitiu conhecer o tipo e a distribuição dos esporos de fungos presentes na atmosfera de Lisboa. Verificou -se uma tendência sazonal semelhante nos três anos estudados. Os níveis de esporos de fungos mais elevados foram registados no verão e no outono. O género Cladosporium representou 50% do total dos esporos coletados. A variação dos parâmetros meteorológicos influencia, claramente, as concentrações dos esporos de fungos. A temperatura média foi o fator que exerceu maior influência nos níveis de esporos.