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- A Madeira e a descolonização: da história às narrativas de vidaPublication . Sousa, José Luís Ferreira de; Coelho, Leonor MartinsEste trabalho intitulado “A MADEIRA E A DESCOLONIZAÇÃO – Da História às Narrativas de Vida” é, talvez sobretudo, o resultado dos desafios constantes que esta temática implica: actual, dolorosa e relacional. Foi necessário imprimir alguma sensibilidade para tratar este tema complexo, porque se cruzam contrastes culturais que foram abordados na suposta e conveniente distância das gerações imediatas. No início do trabalho, julgou-se propícia essa suposição, porque se evitariam diálogos exacerbados, quando as paixões já tivessem esmorecido. Não foi essa a conclusão a que chegámos. É nesta problemática que se enquadra o tema e o estudo que concluímos e que, no entanto, permanece em aberto. Serão os futuros trabalhos que abrirão novas perspectivas. Privilegiámos esta nuance porque a descolonização é a consequência da remota política “novecentista” que evoluiu no percurso do século XX e nele encontrou o desfecho. Questionámos as motivações de todos os intervenientes e procurámos interpretações comuns com introdução de soluções para um futuro promissor. Assim, e dadas as dimensões que o tema proporciona, optámos por contextualizar a questão, dando mais ênfase às memórias de uma época expostas nos relatos dos entrevistados. Algumas conclusões foram retiradas dos pontos comuns dessas narrativas autobiográficas. Outras permanecerão na insondável e complexa memória dos que viveram esse fenómeno. O que se pretendia, à partida, vincular a uma visão nova do mundo, só parcialmente contribuirá para um entendimento nas relações entre a Europa, Portugal em particular, e as regiões de África. Com efeito, houve sofrimento no antagonismo das perspectivas de opositores que encontraram no belicismo a forma de atingir os objectivos divergentes, obviamente. Estudámos palcos de guerra onde a sentença internacional já fora determinada. À revelia dos convénios internacionais, nomeadamente da ONU, o regime salazarista teimou no “orgulhosamente sós”. Através deste projecto jamais pretendemos constatar a dicotomia simplista entre colono e colonizado, mas sim analisar as relações entre o europeu e o africano como forma de apreender mundos distintos, sabendo que em África a noção do presente é que prevalece. Esta perspectiva aberta e dialogante permite apresentar aos alunos das escolas do 3º Ciclo e Secundárias da RAM um tema marcante que envolveu as gerações de meados do século XX, mas que ainda é actual. Os meios audiovisuais e a internet facilitarão a tarefa pedagogico-didáctica.