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- Estudo das relações entre as estratégias de self-handicapping, autoestima, autoeficácia e o rendimento académico: um estudo com alunos do ensino superiorPublication . Mena, Raquel Oneida Sepúlveda; Miranda, Lúcia do Rosário Cerqueira deAlguns estudos realçam que os alunos mais motivados são aqueles que apresentam perceções positivas de autoeficácia, são mais autorregulados nas suas aprendizagens e obtêm maior sucesso académico. Por outro lado, alguns indivíduos sentem-se inseguros com as suas capacidades e no momento de realizarem as suas atividades académicas apresentam comportamentos de evitamento ou fuga, porque antecipam dificuldades nas tarefas ou manifestam perceções distorcidas sobre as suas capacidades, apresentando também menores perceções de autoestima e de autoeficácia. O principal objetivo deste trabalho é conhecer as relações entre as variáveis estratégias de self-handicapping, autoestima, autoeficácia e o rendimento académico num grupo de estudantes do ensino superior. As variáveis foram medidas através da Escala Self-handicapping (Martin, 1998), Escala de autoestima de Rosenberg (Rosenberg, 1965) na sua adaptação para o contexto português por Pechorro, Marôco, Poiares e Vieira (2011) e a dimensão autoeficácia académica através da subescala Autoeficácia para a aprendizagem e desempenho, que é uma das 15 subescalas do Motivated Strategies for Learning Questionnaire (MSLQ Pintrich, 1981). O rendimento académico dos alunos foi medido através da sua classificação de acesso ao ensino superior. Os resultados descritivos apontam que os rapazes tendem a usar mais estratégias de self-handicapping e que o uso destas estratégias, sobretudo o self-handicapping ativo, tendencialmente aumenta à medida que se avança no ano. Os resultados dos estudos correlacionais apontam fracas correlações entre as variáveis sem significado estatístico. No entanto importa realçar as correlações no grupo das raparigas do 1º ano entre a nota de acesso ao ensino superior e as estratégias de self-handicapping reivindicado (correlação negativa) e entre a nota de acesso ao ensino superior e a autoestima (correlação positiva). No 3º ano registaram-se apenas correlações negativas entre as variáveis self-handicapping reivindicado e rendimento académico e entre self-handicapping ativo e rendimento académico, também apenas nas raparigas. Os resultados da análise da regressão sugerem apenas para a explicação do rendimento das raparigas do 1º ano explicando as variáveis self-handicapping reivindicado e autoestima que no seu conjunto explicam 13, 4 % dessa variabilidade. No 3º ano a variável self-handicapping ativo explica 21,2% dessa mesma variabilidade também apena nas raparigas. Os resultados de comparação das médias apontaram para a não existência de efeitos com significado estatístico entre o ano e o género. Espera-se poder contribuir para a discussão no tema da motivação para aprender e os processos adaptativos em alunos do Ensino Superior.
