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Sic transit: la socialité itinérante des centres commerciaux

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C’est en supposant l’existence de la richesse interactionnelle des espaces publics que nous analysons, dans cet article, les flux de circulation contemporains des centres commerciaux comme étant l’expression d’une certaine socialité. Bien loin d’être un phénomène propre d’une foule amorphe ou un simple procédé de déplacements individuels, ces marches montrent un besoin de grégarité assumant une forme nomade ou itinérante. Nous soutenons que les centres commerciaux rendent actuels une structure anthropologique faisant de l’agrégation autour de l’espace une base pour la socialité. Ce qui distingue la socialité itinérante est la traversée de l’espace et de la matérialité physique dans le seul but de la transcender. Bien plus que simplement consommer ou se déplacer fonctionnellement, ces flux semblent répondre à l’exigence, face à une austérité urbaine, des formes communautaires du lien social.
Assumindo a riqueza interacional do espaço público, este artigo examina os contemporâneos fluxos dos centros comerciais como a expressão de uma certa sociabilidade. Longe de serem fenómenos ligados a uma multidão amorfa ou um simples processo individual de deslocamento, a circulação de pessoas evidencia um desejo de gregarismo que assume esta forma nómada ou itinerante. Argumenta-se que os centros comerciais actualizam uma estrutura antropológica que encontra no ajuntamento em torno de um espaço um princípio de sociabilidade. O que distingue a sociabilidade itinerante é o facto da travessia do espaço e da materialidade física tem um propósito que a transcende. Mais do que simplesmente consequências do consumo ou movimento funcional, estes fluxos respondem ao imperativo, face à austeridade urbana, de criação de formas comunitárias do laço social.
Admitting the interactional richness of public space, this paper examines mall’s contemporary streams of circulation as an expression of sociality. Far from being an amorphous crowd or an unpretentious set of individual motions, we consider these parades as an expression of a need for a gregariousness which assumes a nomadic or an itinerant form. We will argue malls may today represent an anthropological structure that grounds aggregation around space as a basis to sociality. What distinguishes the roaming sociality is the crossing of space and the physical materiality to only transcend it. More than consumption or travelling space, these flows appear to answer, in view of urban dullness, to the creation of communal forms of social bonding.

Description

Keywords

Centres commerciaux Socialité Communication et consommation Interaction sociale Centros comerciais Sociabilidade Comunicação e consumo Interacção social Shopping-malls Sociality Communication and consumption Social interaction . Faculdade de Artes e Humanidades

Citation

Mateus, S. (2014). Sic transit: la socialité itinérante des centres commerciaux. RuMoRes, 8(16), 37-53.

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MidiAto – Grupo de Estudos de Linguagem e Práticas Midiáticas (ECA-USP)