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Authors
Abstract(s)
A perceção do tempo, uma das dimensões centrais da perspetiva temporal de futuro, assume um papel crucial na forma como os sujeitos se comportam e atribuem
significado à experiência. A investigação tem demonstrado que os indivíduos que
cometem atos ilícitos têm dificuldade na construção de perspetivas face ao futuro,
expressas, por exemplo, na incapacidade de controlar os impulsos ou na definição de
uma orientação nas suas ações futuras. Por este motivo, torna-se importante a
compreensão desta realidade. Além disso, o facto de serem rotulados pela sociedade
exerce algum tipo de influência nas suas perspetivas de futuro, as quais vão mudando
consoante os acontecimentos durante a reclusão. Assim, neste estudo pretendemos
compreender as perspetivas desta população face ao futuro, considerando as suas
caraterísticas idiossincráticas e incluindo na análise, não só a extensão no futuro das
perspetivas, como também quais as áreas predominantes nas mesmas (pessoal,
profissional, familiar, social) e a valência emocional (positiva ou negativa) que lhe é
atribuída. Foi adotada uma metodologia qualitativa, com recurso à técnica de entrevista a uma amostra de 16 reclusos do Estabelecimento Prisional do Funchal. O tratamento dos dados foi levado a cabo através da análise de conteúdo, onde verificámos perspetivas face ao futuro predominantemente focadas no momento da saída e na vida profissional ulterior, a que é atribuída uma valência emocional positiva.
Description
Keywords
Reclusos Perspetiva temporal de futuro Estabelecimento prisional Metodologia qualitativa Estabelecimento Prisional do Funchal Psicologia da Educação . Centro de Ciências Sociais