Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
134.16 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
The works of the Peruvian José Ma ría Arguedas (1911-1969) are some of the most
thought-provoking ones in Latin America to think
about the limits and implications of transcultura tion and its relationship with translation. The inte rest in this unique body of work is explained, to a
large extent, by the fact that it was constructed in
a permanent tension between the Quechua and
Spanish culture-languages. This process led Ar guedas, in his first book, Agua (1935), to opt for
a writing style that “strains the Spanish,” crea ting a kind of “broken syntax.” This process takes
on other forms in his mature works, such as in
Los ríos profundos (1958) and in his posthumous
work El zorro de arriba y el zorro de abajo (1971).
In addition, Arguedas made a series of transla tions, including Canto kechwa (1939), Tupac Ama ru Kamaq Taytanchisman (1962), Dioses y hom bres de Huarochirí (1966) and the posthumous
Katatay / Temblar (1972), as well as wrote essays
in which he discusses his conception of language
and translation, such as in “Entre el kechwa y el
castellano. La angustia del mestizo” (1939). This
paper aims to show, even if concisely, how these
processes of narrative creation, critical reflection
and translation illustrate the tensions and stra tegies of the mestizo writer in the face of the lin guistic reality of colonization.
Uma das obras latino-americanas mais instigantes para se pensar os limites e as implicações da transculturação e sua relação com a tradução é a obra do peruano José Ma ría Arguedas (1911-1969). O interesse por essa obra original se explica, em grande medida, pelo fato de ser construída numa permanente tensão entre as línguas-cultura quechua e espanhola. Esse processo o leva, já em seu livro de estreia, Agua (1935), a optar por uma escrita que “força o castelhano”, produzindo uma espécie de “sin taxe destroçada”. Esse processo ganha outros contornos em suas obras de maturidade, como em Rios profundos (1958) e sua obra póstuma El zorro de arriba y el zorro de abajo (1971). Comple mentarmente, Arguedas produz uma série de tra duções, dentre as quais se destacam Canto ke chwa (1939), Tupac Amaru Kamaq Taytanchisman (1962), Dioses y hombres de Huarochirí (1966) e o póstumo Katatay / Temblar (1972), assim como ensaios em que discute sua concepção de língua e tradução, como “Entre el kechwa y el castella no. La angustia del mestizo” (1939). Nosso intui to é mostrar, ainda que brevemente, como esses processos, de criação narrativa, reflexão crítica e tradução, ilustram as tensões e estratégias do escritor mestiço ante a realidade linguística da colonização.
Uma das obras latino-americanas mais instigantes para se pensar os limites e as implicações da transculturação e sua relação com a tradução é a obra do peruano José Ma ría Arguedas (1911-1969). O interesse por essa obra original se explica, em grande medida, pelo fato de ser construída numa permanente tensão entre as línguas-cultura quechua e espanhola. Esse processo o leva, já em seu livro de estreia, Agua (1935), a optar por uma escrita que “força o castelhano”, produzindo uma espécie de “sin taxe destroçada”. Esse processo ganha outros contornos em suas obras de maturidade, como em Rios profundos (1958) e sua obra póstuma El zorro de arriba y el zorro de abajo (1971). Comple mentarmente, Arguedas produz uma série de tra duções, dentre as quais se destacam Canto ke chwa (1939), Tupac Amaru Kamaq Taytanchisman (1962), Dioses y hombres de Huarochirí (1966) e o póstumo Katatay / Temblar (1972), assim como ensaios em que discute sua concepção de língua e tradução, como “Entre el kechwa y el castella no. La angustia del mestizo” (1939). Nosso intui to é mostrar, ainda que brevemente, como esses processos, de criação narrativa, reflexão crítica e tradução, ilustram as tensões e estratégias do escritor mestiço ante a realidade linguística da colonização.
Description
Keywords
José María Arguedas Transculturation Cultural translation Miscegenation Transculturação Tradução cultural Mestiçagem . Faculdade de Artes e Humanidades
Citation
TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas, n.º 5, 2022, 80-88. ISSN 2184-1047
Publisher
Universidade da Madeira