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The impact of cognitive training on social cognition abilities: an exploratory study with acquired brain injury
| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| 1.8 MB | Adobe PDF |
Abstract(s)
Introduction: Acquired Brain Injuries (ABI)are responsible for progressive and irreversible
cognitive and behavioral deterioration, which can impair patients’ lives, increasing social
isolation and mood changes, low control of impulses, reduced quality of life and, sometimes, loss
of work. Post-ABI neuropsychological assessment is generally focused on memory, attention,
language, and executive functions. Social cognition abilities are often overlooked, but these
deficits can significantly impact a patient's personal and professional life. Assessment and
intervention in social cognition within the context of ABI pose several challenges, namely the fact
that existing instruments are mostly paper-and-pencil and, as such, might be impossible to
perform by patients with motor deficits and, also importantly, lack ecological validity. Interactive
technologies represent a promising alternative to tackle traditional paper-and-pencil instrument
limitations. In the present study, we have used a virtual reality social cognition test - the CogMap Social Cognition - to examine the impact of a tablet-based cognitive training program on ABI
patients’ social cognition, mood, and quality of life.
Method: A single-blind experimental study with 12 ABI patients was performed. Participants were
randomly assigned to the experimental (N=6) or control group (N=6). The experimental group
underwent a 12-session tabled-based intervention with the Task Generator 2.0, and the control
group performed time-matched treatment-as-usual (TAU). Both groups went through a
multidomain neuropsychological assessment, which included the CogMap-SC, pre- and post intervention.
Results: The experimental group improved significantly in all the cognitive domains assessed:
memory, attention, executive functions, and social cognition, with higher levels of quality of life
and a decrease in depressive symptomatology. In the control group, slight improvements were
observed in attention and memory domains, along with a slight reduction in perceived quality of
life and an increase in depressive symptomatology. However, there were no statistically
significant differences between groups in social cognition after intervention. We have used the
reliable change index to confer some robustness to our results. According to it, there were
significant individual improvements in all the cognitive domains, suggesting that there was a
change after the cognitive training.
Conclusions: Despite the well-known cognitive training benefits in patients who suffered an ABI,
there is no solid evidence to corroborate the efficacy of this intervention, mainly due to the
study's small sample size and lack of statistical power. Although the results are modest and
require further investigation, our study outcomes are promising and suggest that cognitive
training benefits not only memory, attention, and executive functions but can generalize to social
cognition abilities.
Introdução: As Lesões Cerebrais Adquiridas (LCA) são responsáveis por défices deterioração cognitivos e comportamentais que podem afetar a vida dos pacientes, contribuindo para alterações de humor, dificuldade no controlo dos impulsos e défices motores, o que pode levar ao isolamento social, reduzida qualidade de vida percebida e até perda de trabalho. A avaliação neuropsicológica pós-LCA habitual é geralmente focada na memória, atenção, linguagem e funções executivas, sendo as capacidades de cognição social frequentemente negligenciadas, no entanto estes défices podem impactar significativamente a vida pessoal e profissional do indivíduo. A avaliação e intervenção na cognição social no contexto de LCA apresenta vários desafios, nomeadamente o facto de os instrumentos existentes serem maioritariamente em papel e lápis e, como tal, poderem ser impossíveis de realizar por pacientes com défices motores, surgindo desse modo as tecnologias interativas como uma alternativa promissora para superar as limitações dos instrumentos tradicionais. No presente estudo, utilizámos um teste de cognição social em realidade virtual - o CogMap-Cognição Social (CogMap-CS) para examinar o impacto de um programa de treino cognitivo apresentado em tablet na cognição social, humor e qualidade de vida de pacientes com LCA. Método: Foi realizado um estudo experimental cego para os participantes (single blind)com 12 pacientes com Lesão Cerebral Adquirida. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente para o grupo experimental (N=6) ou para o grupo de controlo (N=6). O grupo experimental participou numa intervenção de 12 sessões utilizando tablet com o Task Generator 2.0, enquanto o grupo de controlo realizou um tratamento convencional com a mesma duração. Ambos os grupos foram sujeitos a uma avaliação neuropsicológica multidimensional, que incluiu o CogMap-CS, antes e após a intervenção. Resultados: O grupo experimental melhorou significativamente em todos os domínios cognitivos avaliados: memória, atenção, funções executivas e cognição social, apresentando níveis mais elevados percebidos de qualidade de vida e uma diminuição na sintomatologia depressiva. No grupo de controlo, foram observadas ligeiras melhorias nos domínios de atenção e memória e uma ligeira diminuição na qualidade de vida percebida e um aumento na sintomatologia depressiva. No entanto, não houveram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no domínio da cognição social após a intervenção. Adicionalmente, utilizou-se o Reliable Change Index para conferir maior robustez aos nossos resultados. De acordo com este, houveram melhorias individuais significativas em todos os domínios cognitivos, sugerindo que existiu uma mudança devida ao treino cognitivo. Conclusões: Apesar dos já conhecidos benefícios do treino cognitivo em pacientes que sofreram uma lesão cerebral adquirida, não foram conseguidas evidências sólidas para corroborar a eficácia desta intervenção, principalmente devido ao reduzido tamanho da amostra e à falta de poder estatístico. Embora os resultados sejam modestos e possam requerer investigação adicional, as conclusões do nosso estudo são promissoras e sugerem que os benefícios do treino cognitivo não se limitam apenas à memória, atenção e funções executivas, mas também podem generalizar-se para as habilidades de cognição social.
Introdução: As Lesões Cerebrais Adquiridas (LCA) são responsáveis por défices deterioração cognitivos e comportamentais que podem afetar a vida dos pacientes, contribuindo para alterações de humor, dificuldade no controlo dos impulsos e défices motores, o que pode levar ao isolamento social, reduzida qualidade de vida percebida e até perda de trabalho. A avaliação neuropsicológica pós-LCA habitual é geralmente focada na memória, atenção, linguagem e funções executivas, sendo as capacidades de cognição social frequentemente negligenciadas, no entanto estes défices podem impactar significativamente a vida pessoal e profissional do indivíduo. A avaliação e intervenção na cognição social no contexto de LCA apresenta vários desafios, nomeadamente o facto de os instrumentos existentes serem maioritariamente em papel e lápis e, como tal, poderem ser impossíveis de realizar por pacientes com défices motores, surgindo desse modo as tecnologias interativas como uma alternativa promissora para superar as limitações dos instrumentos tradicionais. No presente estudo, utilizámos um teste de cognição social em realidade virtual - o CogMap-Cognição Social (CogMap-CS) para examinar o impacto de um programa de treino cognitivo apresentado em tablet na cognição social, humor e qualidade de vida de pacientes com LCA. Método: Foi realizado um estudo experimental cego para os participantes (single blind)com 12 pacientes com Lesão Cerebral Adquirida. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente para o grupo experimental (N=6) ou para o grupo de controlo (N=6). O grupo experimental participou numa intervenção de 12 sessões utilizando tablet com o Task Generator 2.0, enquanto o grupo de controlo realizou um tratamento convencional com a mesma duração. Ambos os grupos foram sujeitos a uma avaliação neuropsicológica multidimensional, que incluiu o CogMap-CS, antes e após a intervenção. Resultados: O grupo experimental melhorou significativamente em todos os domínios cognitivos avaliados: memória, atenção, funções executivas e cognição social, apresentando níveis mais elevados percebidos de qualidade de vida e uma diminuição na sintomatologia depressiva. No grupo de controlo, foram observadas ligeiras melhorias nos domínios de atenção e memória e uma ligeira diminuição na qualidade de vida percebida e um aumento na sintomatologia depressiva. No entanto, não houveram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no domínio da cognição social após a intervenção. Adicionalmente, utilizou-se o Reliable Change Index para conferir maior robustez aos nossos resultados. De acordo com este, houveram melhorias individuais significativas em todos os domínios cognitivos, sugerindo que existiu uma mudança devida ao treino cognitivo. Conclusões: Apesar dos já conhecidos benefícios do treino cognitivo em pacientes que sofreram uma lesão cerebral adquirida, não foram conseguidas evidências sólidas para corroborar a eficácia desta intervenção, principalmente devido ao reduzido tamanho da amostra e à falta de poder estatístico. Embora os resultados sejam modestos e possam requerer investigação adicional, as conclusões do nosso estudo são promissoras e sugerem que os benefícios do treino cognitivo não se limitam apenas à memória, atenção e funções executivas, mas também podem generalizar-se para as habilidades de cognição social.
Description
Keywords
Social cognition Theory of mind Virtual reality Acquired brain injury Neuropsychological assessment Neuropsychological rehabilitation Cognição social Teoria da mente Realidade virtual Lesão cerebral adquirida Avaliação neuropsicológica Reabilitação neuropsicológica Clinical Health Psychology and Well-Being . Faculdade de Artes e Humanidades