Browsing by Author "Portugal, Paula"
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- Envelhecer com dignidade num país inventadoPublication . Garcia, Rui Proença; Portugal, PaulaMuitas vezes o envelhecimento é entendido como um problema. Entendemos que não é, mas uma conquista da humanidade. A vida humana cada vez é mais longa, mas nem sempre é vivida com dignidade. O envelhecimento é um desafio colocado à sociedade, sendo necessário também estudar o envelhecimento do velho. Os autores, a partir do título de um livro de Isabel Allende, inventaram um país, a Utopia, situado à latitude da nossa imaginação e à longitude da nossa fantasia. Nesse país, cada pessoa é uma pessoa sem rótulos. Não há distinções entre ninguém, apenas pessoas humanas. Um país que se orienta pelo Ser e não pelo Ter. É uma utopia, mas utopia não tem de significar o impossível. É um país que ainda não existe, mas que um dia existirá. Este país inventado é uma exigência ética. Como conclusão, é importante realçar o sentido profundo da expressão Vida com Dignidade. Dignidade, porque é um conceito ligado ao Ser. O atual conceito de qualidade de vida está mais ligado ao Ter. Queremos ser lembrados por aquilo que somos e não somente por aquilo que temos.
- Solidão e eutanásia ou as punições por se ser velhoPublication . Portugal, Paula; Garcia, Rui ProençaOs dados demográficos relativos a Portugal – análogos a muitos outros países –têm provocado a discussão sobre o envelhecimento, fenómeno entendido como uma conquista da humanidade. Se a discussão centrada no número existe e é relevante, há outros centros de interesse sobre a velhice que importa refletir profundamente. Hoje há a consciência que um dos grandes problemas da população idosa é o seu isolamento, tanto familiar como na da sociedade em geral, não permitindo a verdadeira vida de relação. Esse isolamento acontece em grau elevado nos grandes centros urbanos – isolamento pessoal – e nas aldeias do interior do nosso país – isolamento social – onde não existem jovens. Muitos velhos estão confinados às suas aldeias, assim como em meios urbanos os idosos se encontram confinados à sua casa, isolados da comunidade por barreiras físicas. Por outro lado, a discussão sobre a eutanásia está presente no quotidiano, muitas vezes sob o signo da emoção momentânea. É necessário aprofundar o tema, não perdendo de vista a superior dignidade da pessoa humana, independentemente da sua idade ou situação particular. No seguimento da argumentação aduzida, os autores colocam a hipótese de haver sub-repticiamente na sociedade contemporânea uma punição por se ser velho e/ou doente. Parece que os grandes interessados desta discussão não são as pessoas em risco, mas aquelas em torno do velho/doente, tomando a solidão e a eutanásia como punições. O individualismo sobrepõe-se a tudo e a todos.