Browsing by Author "Pupo-Correia, Aida"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Distribuição atual e potencial de espécies do género Acacia Mill. (Fabaceae) na Ilha da Madeira e implicações para a diversidade florística em contexto de invasãoPublication . Figueiredo, Albano; Pupo-Correia, Aida; Almeida, António Campar de; Sequeira, Miguel Menezes deAs espécies mais comuns de Acacia que ocorrem na Ilha da Madeira foram introduzidas durante os séculos XIX e XX, como ornamentais ou para uso florestal, tendo-se tornado espécies invasoras. De forma a avaliar os impactes associados à invasão por estas espécies, neste trabalho procede-se à i) caracterização da distribuição atual de espécies do género Acacia Mill. na Ilha da Madeira, com base na recolha de presenças em campo a partir de um processo de amostragem sistemática e estratificada, assegurando que todo o gradiente ambiental da ilha é amostrado; ii) avaliam-se os impactes na diversidade florística das áreas invadidas, com base na com paração de inventários florísticos de comunidades nativas climácicas (laurissilva, zambujal) com os de áreas invadidas por acácia-austrália (Acacia melanoxylon R. BR.) e acácia negra (Acacia mearnsii De Willd.), as espé cies que apresentam distribuição mais ampla na ilha; iii) avalia-se a distribuição potencial destas espécies, com base em modelos de base estatística, suportados no conceito de nicho ecológico; e iv) confirma-se o caráter invasor da acácia negra, através da avaliação da dinâmica a longo prazo com recurso a técnica de refotografia (Repeat Landscape Photography Technique). Em termos de resultados, tendo em conta o evidente empobreci mento florístico que os acaciais representam em comparação com as comunidades nativas clímax que encabeçam as séries climatófilas, considerando a importância das áreas que são potencialmente adequadas à presença das espécies em análise, e dado o seu caráter invasor, confirmado no caso da acácia negra, podem considerar-se estas espécies como verdadeiras ameaças à diversidade na Ilha da Madeira.
- O tipo de vegetação como fator diferenciador na suscetibilidade à ocorrência de deslizamentos na ilha da Madeira: o caso da bacia da Ribeira da TabuaPublication . Figueiredo, Albano; Pupo-Correia, Aida; Sequeira, Miguel Menezes deA gestão do risco de aluvião na Ilha da Madeira impõe-se, nos dias de hoje, como um dos principais desafios à gestão do território desta ilha, tendo em conta os significativos impactes negativos registados aquando de episódios de aluvião. Apesar da suscetibilidade natural à ocorrência de episódios de aluvião, resultante da combinação de uma topografia muito acidentada e um regime de precipitação com uma forte componente tor rencial, o padrão de uso e ocupação do solo contribuíram decisivamente para reforçar a vulnerabilidade perante este tipo de catástrofe natural. A profunda alteração histórica das condições da vegetação, como reflexo da implantação de atividades primárias (agricultura, pastoreio) por um lado, e a ocupação urbana do sector terminal das ribeiras por outro, vieram contribuir para tal. Como consequência, são factuais as avultadas perdas económicas, e mesmo perdas de vidas, como os registos identificam ao longo da história de ocupação da ilha. Estas perdas estão muito determinadas pelo facto de estes episódios de cheias rápidas terem associado uma elevada capacidade destrutiva, motivada pelo importante transporte de sólidos, alimentadas a montante por movimentos de vertente, como escoadas lamacentas ou deslizamentos translacionais. Neste trabalho procura-se avaliar o papel que o tipo de vegetação pode exercer em termos de condicionamento da susce tibilidade à ocorrência de deslizamentos, utilizando como estudo de caso a bacia da Ribeira da Tabua e tendo por referência o episódio de aluvião registado no dia 20 de fevereiro de 2010.
- Trees as habitat islands: temporal variation in alpha and beta diversity in epiphytic laurel forest bryophyte communitiesPublication . Patiño, Jairo; Gómez-Rodríguez, Carola; Pupo-Correia, Aida; Sequeira, Miguel; Vanderpoorten, AlainAim: Trees represent striking examples of habitat islands, with various degrees of spatial isolation and evolving properties during their life cycle. Here, we investigate whether changes in habitat conditions, dispersal limitations or competition cause variation in patterns of epiphytic species richness and turnover. Location: Madeira island. Taxon: Bryophytes. Methods: Using linear mixed effect models, we test whether species richness exhi bits a monotonic or hump-shaped relationship with time. Two groups of host-tree species, late- and early-successional, were considered. We further identify the mechanisms explaining the observed variation in species composition by dividing beta diversity into its nestedness (bsne) and turnover (bsim) components and correlat ing them with tree age and geographical distance among trees. Results: The best-fit models all included tree age (T), but its quadratic term (T2 ) and tree height (H, here a surrogate of area) were not systematically included. bsim, but not bsne, correlated with host-tree age, and both bsim and bsne correlated with geo graphical distance. Main conclusions: Tree age was consistently included in all of the best-fit models, reflecting the progressive increase in epiphyte bryophyte species richness through time. The limited contribution of T2 and H to the best models suggests that compe tition for space is not a key factor on mature trees. The correlation of bsim, but not bsne, with host-tree age, and of bsim and bsne with distance among trees, suggests that variation in species composition is caused by (1) temporal community shifts due to allogenic drivers and (2) dispersal limitations, which are reflected by the higher similarity of the epiphyte communities on clustered trees rather than by an increasing probability of colonization with tree age. Since actual ancient laurel for ests may no longer exist in Madeira, the conservation of clusters of late-succes sional trees, enhancing connectivity at small spatial scales, is of utmost importance for the conservation and recovery of the unique laurel forest epiphytic flora.