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- Maus tratos na pessoa idosa, na RAMPublication . Pestana, Isis da Costa; Rodrigues, Maria João Barreira; Morna, Maria Clemetina Freitas NóbregaDa reflexão sobre maus tratos na pessoa idosa, propôs-se estudar as características psicométricas do Hwalek-Sengstock Elder Abuse Screening Test, validada nos EUA por Neale, Hwalek, Sengstock, Scott e Stahl (1990); analisar a influência da capacidade funcional da pessoa idosa na percepção dos maus tratos, através do Índice de Barthel; como também, analisar a influência da discriminação social da pessoa idosa na percepção dos maus tratos, através do Ageism Survey. Optou-se por uma investigação quantitativa do tipo transversal, exploratória e descritiva. Amostra foi do tipo probabilística, estratificada por concelho e aleatória por freguesias, constituída por 342 pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; conscientes e orientadas no tempo e no espaço, sem défice cognitivo, inscritas nos centros de saúde da RAM e não institucionalizadas. A média de idade é de 74.59 anos e 69.9% pertencem ao género feminino. Todas as correlações obtidas através do coeficiente de correlação r de Pearson são estatisticamente significativas e positivas nas várias dimensões das escalas dos maus tratos (H-S/EAST e QEEA). Pode afirmar-se que os idosos com maior risco de abuso apresentam também indicadores de abuso físico, emocional, negligência e abuso financeiro. No que diz respeito à capacidade funcional, observam se correlações significativas e negativas com as situações potenciais de abuso e com os indicadores de abuso físico e emocional, ou seja, esta variável tende a evoluir em sentido oposto das restantes. Assim, os idosos mais dependentes percepcionam níveis mais elevados de situações potenciais de abuso e de indicadores de abuso físico e emocional. Pode concluir-se ainda, que relativamente à discriminação social as correlações mais elevadas verificam-se quando os idosos percepcionam maior risco de abuso directo, de situações potenciais de abuso e de indicadores de abuso emocional. Contudo, verifica-se que são propensos a evidenciar mais experiências de discriminação social relacionadas com a idade avançada, os idosos com maior percepção de indicadores de abuso físico, financeiro e negligência. Com estes resultados pretende-se contribuir para uma melhor compreensão do fenómeno, e intervir de forma eficiente junto da pessoa idosa na prevenção, intervenção e, se necessário, encaminhar para profissionais especializados na área.