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- Raízes e destinos: estudo sociocultural e linguístico da emigração madeirense para a França e Reino Unido a partir da década de 1960 (no âmbito do Projeto Nona Ilha)Publication . Ferreira, Sílvia Raquel Mendonça; Nunes, Naidea NunesO recurso à emigração em busca de uma vida melhor é um conceito inerente ao ADN dos ilhéus do Arquipélago da Madeira, localizado num ponto geográfico de suma importância no panorama mundial da navegação marítima e tendo sido fustigado, ao longo dos tempos, por episódios de pilhagens, epidemias e pragas agrícolas. Sendo composto por 8 ilhas, a Nona Ilha assume-se como um território imaterial constituído pelos imensos emigrantes madeirenses, e seus descendentes, espalhados pelo mundo fora. É dessa realidade que surge a importância do seu estudo e que justifica a designação atribuída ao projeto do Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA), visando preservar e resgatar a memória autobiográfica de madeirenses que emigraram, neste caso, para a França e o Reino Unido. Neste sentido, esta dissertação de mestrado, integrada no Projeto Nona Ilha, que, por sua vez, se enquadra num estudo mais vasto intitulado “Memória das Gentes que fazem a História da Madeira”, tem o propósito de recolher relatos de vida de 24 emigrantes de diferentes faixas etárias, representativos de gerações distintas, com raízes madeirenses, que partiram tendo como destinos a França e o Reino Unido. É através dos vários relatos de memória que se empreende uma reconstituição o mais fiel possível da realidade sociocultural e linguística de outrora, quer da Madeira quer dos países de destino. A recolha e o estudo das histórias de vida baseadas na oralidade é vital, pois, se não forem registadas enquanto os informantes forem vivos e mantiverem a lucidez do passado, perder-se-á o seu legado para sempre. Os materiais socioculturais e linguísticos recolhidos nas entrevistas e a análise qualitativa das temáticas do quotidiano permitem aferir a transmissão e conservação da herança ou legado histórico da Madeira levado pelos emigrantes e recebido pelos lusodescendentes, através da partilha de vivências, tradições e valores regionais, sobretudo do Português falado no Arquipélago da Madeira, assim como as interferências das línguas dos países de destino, neste caso, do Inglês e do Francês. A par das interferências linguísticas, ocorre também a mistura de culturas, principalmente de elementos gastronómicos. Daí o foco sociocultural e linguístico nas raízes e nos destinos da emigração madeirense para a França e o Reino Unido.
- Tribuna livre: mecanismos do ethos na elocutio comunicativa de Aberto João JardimPublication . Freitas, Jani Micaela Gouveia; Pinheiro, Joaquim José SanchesA presente dissertação de Mestrado versa sobre os mecanismos do ethos, expressos pelo caráter e autoridade de Alberto João Jardim nos textos publicados na Tribuna Livre no Jornal da Madeira entre 29 de outubro de 1974 e 29 de outubro de 1975. A secção jornalística Tribuna Livre é composta por inúmeros textos sobre diversas temáticas relacionadas com a Autonomia Política da Região Autónoma da Madeira entre 1974 e 1975, mas não só, de maneira que Alberto João Jardim discorre sobre questões económicas, autonómicas e políticas da atualidade. Apresenta com legitimidade e pertinência, ao mesmo tempo, soluções e reflexões acerca destas temáticas com o propósito de promover uma inversão de acontecimentos, impulsionando um desenvolvimento positivo para a região. Note-se que o tom apelativo que o orador usa, dirigindo-se aos leitores do Jornal da Madeira, constitui o núcleo fundamental desta investigação, em particular a análise retórica da persuasão e dos seus fins. Por vezes, com forte sentido persuasivo, consideramos relevante para este trabalho interpretar e contextualizar a simbiose do ethos com a temática regional. Por conseguinte, esta investigação contém uma análise retórico-discursiva do ethos de Alberto João Jardim nos textos selecionados, de modo a apurar quais as técnicas retóricas utilizadas na construção dos discursos. Notamos um ethos sincero, exigente e autoritário nos discursos, pois Alberto João Jardim, com a sua capacidade persuasiva, conseguiu atingir a sua finalidade através da exposição de todas as suas análises, sugestões e visões acerca da situação em que o Arquipélago da Madeira se encontrava em 1974 e perspetivou um futuro promissor para o mesmo.