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- Robustez da certificação energética dos edifícios de habitação em PortugalPublication . Tomé, Roberto Manuel Fernandes; Santos, José Manuel Martins Neto dos; Escórcio, Patrícia Carlota CostaDurante as últimas décadas, os países mais industrializados encontram-se numa competição por depender cada vez menos das energias de origem fóssil, mas o crescimento demográfico aliado ao crescimento económico e tecnológico não tem parado de correr também numa competição paralela. As nações mais organizadas encontram-se no processo de alcançar cada vez mais objetivos que permitam o consumo menor de energia e com isso reduzir também as emissões atmosféricas de gases de efeito de estufa, tudo isto apostando na eficiência energética e nas energias renováveis. O sector das edificações não é alheio a estos avanços, exigindo uma eficiência energética responsável às novas edificações e estimulando as edificações existentes a adotar melhorias. A União Europeia afirma nas suas diretivas que o sector dos edifícios é responsável por 40% do consumo energético, pelo que propõe no âmbito deste sistema o aumento substancial da eficiência energética dos edifícios, nomeadamente, implementando o Sistema de Certificação Energética. A nível geral as exigências para alcançar uma eficiência energética elevada no parque edificado impõem o estudo das envolventes dos edifícios, dos sistemas de acondicionamento do ar interior, ventilação, iluminação, entre outros. Exemplo destas exigências é dado pela UE que tem publicado diversas diretivas europeias às quais os estados-membros devem adaptar-se. Uma das diretivas mais importantes publicadas foi a Diretiva Europeia 2010/31/EU cuja adaptação em Portugal consiste no Decreto-Lei n.º 118/2013 (Sistema de Certificação Energética) o qual dá objeto de estudo a esta dissertação. Coloca-se a questão de saber se o mesmo é suficientemente robusto tendo em conta as incertezas e a variabilidade de parâmetros existente em cada edifício. Assim, nesta dissertação pretende-se, através de análises estatísticas aplicadas a edificações reais, avaliar a robustez do sistema de certificação em edifícios de habitação, usando a metodologia de cálculo imposta pelo Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH). Com esse propósito, recorre-se a uma análise que envolve dois casos de estudo distintos (uma fração de um edifício multifamiliar e uma moradia unifamiliar isolada), ambos localizados na Região Autónoma da Madeira. Nestas habitações foram determinadas as classificações energéticas mediante a metodologia regulamentar para depois poder avaliar a variabilidade dos parâmetros mais influentes para a classificação final. Conclui-se que embora alguns parâmetros tenham uma variabilidade não desprezável, a metodologia de cálculo indicada no SCE é suficientemente robusta tendo em conta a baixa probabilidade de se obterem diferentes classes energéticas quando se efetuam variações de parâmetros que simulam as incertezas dos diversos parâmetros.