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- A divisão do calendário escolar em semestres na Região Autónoma da MadeiraPublication . Andrade, Ricardina Estefânia Xavier de; Fraga, Nuno Miguel da SilvaA divisão do calendário escolar em semestres tornou-se uma realidade das escolas portuguesas após a implementação do Projeto-Piloto de Inovação Pedagógica (PPIP) e da publicação do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho. As escolas, no âmbito da sua autonomia, têm possibilidade de organizar o calendário escolar em semestres ou noutras divisões temporais. Este estudo desenvolveu-se em torno da questão: “Qual a relevância da divisão do calendário escolar em semestres na organização da escola, ao nível das lideranças de topo, intermédias e na prática pedagógica dos professores?” Esta dissertação inicia-se por uma exposição de como se concretizou a evolução da autonomia das escolas portuguesas, destacando as mudanças legislativas que ocorreram nos últimos 37 anos. A autonomia curricular também evoluiu desde 1986. Os projetos-piloto de Inovação Pedagógica e de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC), alicerçaram as mudanças necessárias para a promoção de práticas educativas mais equitativas e inclusivas, culminando com a introdução do Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e dos Decretos-Lei n.º 54/2018 e n.º 55/2018. Neste estudo, adotamos uma metodologia de investigação de natureza qualitativa centrada num estudo de caso e cujo objeto de estudo foram os professores de uma escola da Ilha da Madeira. Da análise dos resultados obtidos, concluímos que, a semestralização proporciona uma melhor gestão do tempo, um aumento da articulação interdisciplinar e apresenta benefícios para o bem-estar dos alunos e professores. Em suma, a organização do calendário escolar em semestres surge como uma medida promotora de benefícios pedagógicos e organizacionais, contribuindo para uma escola mais eficaz, inclusiva e centrada no aluno. Estamos convictos de que, através deste estudo de caso, contribuiremos para que um conjunto de profissionais da educação reflita e apreenda um pouco mais sobre a semestralização e, no âmbito da autonomia de cada escola, se discuta e adote soluções que beneficiem o processo de ensino-aprendizagem nas escolas da RAM.