Browsing by Author "Faria, Paula"
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- A interacção gene-gene afecta o risco de doença coronáriaPublication . Mendonça, Maria Isabel; Reis, R. Palma dos; Freitas, A. Isabel; Sousa, Ana Célia; Pereira, Andreia; Faria, Paula; Gomes, Susana; Silva, Bruno; Santos, Nuno; Serrão, Marco; Ornelas, Ilídio; Freitas, Sónia; Freitas, C.; Araújo, José Jorge; Brehm, António; Cardoso, A. AlmadaIntrodução: Existem vários estudos que comparam doentes coronários e controlos, no sentido de determinar quais os polimorfismos que apresentam risco acrescido de doença das artérias coronárias (DC). Os seus resultados têm sido muitas vezes contraditórios, mas apresentam uma limitação suplementar: avaliam os polimorfismos um a um, quando na natureza os polimorfismos não existem isolados. Põe-se a questão se serão mais importantes associações de polimorfismos mutados no mesmo gene ou em genes diferentes. Objectivo: Com o presente trabalho pretendemos avaliar o risco da associação de polimorfismos em termos de aparecimento de DC no mesmo gene ou em genes diferentes. Metodologia: Estudámos em 298 doentes coronários e 298 controlos sãos o risco associado aos polimorfismos (genótipos considerados de risco), DD da Enzima de Converaão da Angiotensina (ECA) I/D; GG da ECA 8, MM do Angiotensinogénio (AGT) 174; TT do AGT 235; TT da Metiltetrahidrofolato Reductase (MTHFR) 677; AA da MTHFR 1298;RR da Paraoxonase1 (PON1) 192 e MM da PON1 55. Posteriormente avaliámos o risco ligado às associações no mesmo gene (DD da ECA + GG da ECA 8; MM do AGT174 + TT do AGT 235; TT da MTHFR 677 + AA da MTHFR 1298). Finalmente, nos polimorfismos que isoladamente apresentavam significância, avaliámos o risco das associações de polimorfismos a níveis funcionais diferentes (ECA + AGT; ECA + MTHFR; ECA + PON1. Finalmente através de um modelo de regressão logística fomos determinar quais as variáveis que se relacionavam de forma significativa e independente com a DC. Resultados: Os polimorfismos isolados como: ECA DD [P<0.0001], ECA 8 GG [P=0,023], e MTHFR 1298 AA [P=0,049]), apresentaram uma frequência mais elevada nos casos, associando-se de forma significativa ao grupo com DC. A associação de polimorfismos no mesmo gene não teve efeito sinergístico ou aditivo e não aumentou o risco de DC. A associação polimórfica em genes diferentes aumentou o risco de DC quando comparada com o risco do polimorfismo isolado. No caso da associação da ECA DD ou ECA 8 GG com a PON1 192 RR, o risco quadruplicou (OR passou de 1,8 para 4,2). Após regressão logística o hábito tabágico, a história familiar, o fibrinogénio, diabetes, a associação ECA DD ou ECA 8 GG com a MTHFR 1298 AA e a interacção ECA DD ou ECA 8 GG com a PON1 192 RR permaneceram na equação, mostrando ser factores de risco independente para DC. Conclusões: A associação de polimorfismos mutados no mesmo gene nunca aumentou o risco do polimorfismo isolado. A associação com interacção de polimorfismos mutados em genes diferentes, pertencentes a sistemas fisiopatológicos e enzimáticos diferentes, esteve sempre associada a maior risco do que cada polimorfismo por si. Este trabalho levanta, pela primeira vez, a possibilidade de tentativa de compreensão do risco genético coronário em conjunto e não de cada polimorfismo por si.
- O polimorfismo do gene da ECA está associado com a gravidade e extensão da doença coronáriaPublication . Mendonça, Isabel; Freitas, Isabel A.; Sousa, Célia A.; Gomes, Susana; Faria, Paula; Drumond, António; Silva, Graça; Araújo, Jorge J.; Freitas, Sónia; Ornelas, Ilídio; Andrade, Graça; Coelho, Ana P.; Silva, P. Marques; Cardoso, Almada; Brehm, António M.; Reis, R. Palma dosIntrodução: Os doentes com doença das artérias coronárias (DAC) apresentam extensão da doença e evolução muito variáveis, que muito vezes nos escapam e que ultrapassam os factores de risco tradicionais. As diferenças poderão, pelo menos em parte, ser explicáveis por polimorfismos genéticos menos favoráveis que lhe estejam associados. Os polimorfismos do gene da ECA têm sido profusamente avaliados, embora se desconheça a ligação entre estes polimorfismos e a extensão da DAC. Objectivo: Os autores pretendem avaliar se os polimorfismos do gene da enzima de conver são da Angiotensina I (ECA) constituem um marcador da extensão e gravidade da DAC. Métodos: Estudo descritivo, em 296 doentes com história de enfarte do miocárdio ou doença coronária confirmada por coronariografia, com pelo menos 75 % de obstrução de um dos vasos coronários. A quantificação da gravidade e extensão, foi feita segundo o score de Leaman, de acordo com o número de artérias com redução do diâmetro superior a 75 %, e com o número de segmentos coronários afectados. Os genotipos do ECA, foram tipados por amplificação por PCR e os produtos de amplificação separados por electroforese em gel de poliacrilamida. Calculou-se a média e desvio padrão dos scores coronários dos três polimorfismos e os valores foram comparados estatisticamente recorrendo ao teste T de Student para amostras independentes. Resultados e Conclusão: O genotipo DD aparece neste estudo claramente ligado à extensão da DAC, com um alto grau de significância. A confirmar-se este conceito, poderá justificar-se fazer uma prevenção secundária particularmente cuidadosa nos doentes vasculares portadores deste genotipo.
- Polimorfismos do gene da ECA e risco de doença coronária numa população portuguesaPublication . Mendonça, Isabel; Freitas, Isabel A.; Sousa, Célia A.; Gomes, Susana; Faria, Paula; Drumond, António; Silva, Graça; Araújo, Jorge J.; Freitas, Sónia; Ornelas, Ilídio; Andrade, Graça; Coelho, Ana P.; Silva, P. Marques; Cardoso, Almada; Brehm, António A.; Reis, R. Palma dosIntrodução: A história familiar de doença das artérias coronárias (DAC) constitui um poderoso marcador de risco de DAC, independente dos factores de risco tradicionais. Poderá ser descodificado reconhecendo os polimorfismos associados ao aumento de risco. Têm surgido resultados contraditórios em relação à ligação entre os polimorfismos do gene da enzima de conver são da angiotensina (ECA) e o risco de DAC. Objectivo: Com o presente trabalho pretendemos avaliar se os polimorfismos do gene da ECA constituem factor de risco de doença das artérias coronárias. Métodos: Estudo caso-controlo, incluindo 517 controlos escolhidos aleatoriamente dos cadernos eleitorais, sem história sugestiva de DAC e 301 doentes com história de enfarte agudo do miocárdio ou doença coronária confirmada por coronariografia, com pelo menos 75 % de obstrução de um dos vasos coronários. Tentou-se que os casos e controlos não fossem significativamente diferentes em termos de sexo e idade. Os polimorfismos dialélicos do gene da ECA foram tipados por amplificação por PCR. Os produtos de amplificação eram identificados em gel de poliacrilamida, por electroforese. Os dados foram avaliados recorrendo ao SPSS for Windows,
- Polimorfismos do gene da Paraoxonase humana e risco de doença coronáriaPublication . Mendonça, M. Isabel; Reis, R. Palma dos; Freitas, Ana I.; Sousa, Ana C.; Pereira, Andreia; Faria, Paula; Gomes, Susana; Silva, Bruno; Santos, Nuno; Serrão, Marco; Ornelas, Ilídio; Freitas, Sónia; Araújo, José J.; Brehm, António; Cardoso, A. AlmadaIntrodução: As doenças complexas como a doença das artérias coronárias (DAC), a hipertensão e a diabetes, são usualmente causadas pela susceptibilidade individual a múltiplos genes, factores ambientais e pela interacção entre eles. As enzimas da paraoxonase humana (PON), particularmente a PON1, têm sido implicadas na patogenia da aterosclerose e da DAC. Dois polimorfismos comuns na região codificante do gene, com substituição Glutamina (Q) /Arginina (R) na posição 192 e Leucina /Metionina na posição 55 influenciam a actividade da PON1. Vários estudos têm investigado a associação entre os polimorfismos da PON1 e a DAC, com resultados contraditórios. Objectivo: 1- Avaliar a associação dos polimorfismos da PON1 com o risco de DAC. 2-Estudar a interacção destes polimorfismos com outros situados em genes candidatos diferentes, na susceptibilidade para o aparecimento da DAC. Material e Métodos: Estudámos em 298 doentes coronários e 298 controlos saudáveis, através de um estudo caso/controlo, o risco de DAC associado aos polimorfismos da PON1, 192Q/R e 55L/M. Numa segunda fase avaliámos o risco das interacções polimórficas PON1 192 RR + MTHFR 1298 AA; PON1 192 R/R + ECA DD; PON1 192 R/R + ECA 8 GG. Finalmente construímos um modelo de regressão logística (no qual entraram todas as variáveis genéticas, ambientais e bioquímicas, que tinham mostrado significância estatística na análise univariada), para determinar quais as que se relacionavam de forma significativa e independente com DAC. Resultados: Verificámos que o genótipo PON155 MM tinha uma distribuição superior na população doente mas não atingia significância estatística como factor de risco para DAC. O PON1 199 RR apresentou um risco relativo 80% superior relativamente à população que o não possuía (p=0,04). A interacção da PON1 192 RR e da MTHFR 1298 AA, polimorfismos sedeados em genes diferentes, apresentou um risco relativo de DAC de 2,76 (OR=2,76;IC=1,20- 6,47; P=0,009), bastante superior ao risco de cada polimorfismo isolado, assim como a associação da PON1 RR + ECA DD (com polimorfismos também sedeados em genes diferentes), que apresentou um risco 337% superior relativamente aos que não possuíam esta associação (OR=4,37;IC=1,47- 13,87; P=0,002). Da mesma forma a associação entre a PON1 RR e ECA 8 GG, revelou um risco ainda mais elevado (OR=6;23; IC=1,67- 27,37; P<0,001). Após modelo de Regressão Logística as variáveis que ficaram na equação representando factores de risco significativos e independentes para DAC, foram os hábitos tabágicos, doença familiar, diabetes, fibrinogénio, Lp (a) e a associação PON1 192 RR + ECA 8 GG. Esta última associação apresentou, na regressão logística, um OR=14,113; p=0,018 Conclusões: O genótipo PON1 192 RR apresentou, se avaliado isoladamente, um risco relativo de DAC 80% superior relativamente à população que não possuía este genótipo. A associação deste polimorfismo com outros polimorfismos sedeados em genes diferentes, codificando para diferentes enzimas e pertencendo a sistemas fisiopatológicos distintos (MTHFR1298 AA, ECA DD e ECA 8 GG), aumentou sempre o risco de eclosão da DAC. Após correcção para os outros factores de risco clássicos e bioquímicos, a associação PON1 192 RR + ECA 8 GG, continuou a ser um factor de risco significativo e independente para CAD.