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- A deficiência de vitamina D como fator de risco para a doença cardiovascularPublication . Costa, Fátima Maria Meneses; Araújo, Helena Caldeira; Cardoso, Liliana da SilvaA deficiência de vitamina D, reconhecida como “a vitamina do sol”, constitui um fator de risco para o desenvolvimento de raquitismo, osteomalacia e osteoporose. Contudo, parece também existir uma relação entre a deficiência de vitamina D e outras doenças crónicas. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre a deficiência de vitamina D e as doenças cardiovasculares e, simultaneamente, fazer uma avaliação preliminar da deficiência de vitamina D na população madeirense. Assim, determinou-se a concentração sérica de 25(OH)D de 100 indivíduos saudáveis e 94 indivíduos com doença cardiovascular. A todos avaliou-se o perfil lipídico, o valor de HA1C e as concentrações séricas de glicose, insulina, fibrinogénio, PCRhs e homocisteína. Recolheram-se, ainda, dados antropométricos e informações acerca do estilo de vida. Obteve-se uma diferença significativa na concentração sérica de 25(OH)D entre controlos saudáveis e doentes cardiovasculares e constatou-se que as mulheres tinham uma concentração sérica de 25(OH)D mais baixa que os homens. Verificou-se que os indivíduos com níveis suficientes de vitamina D apresentavam um perfil lipídico e concentrações de APO B, glicose, insulina e valores de HA1C mais favoráveis. Curiosamente, a concentração sérica de PCRhs e de fibrinogénio era menor nos indivíduos com insuficiência de vitamina D, notando-se a mesma tendência na concentração de homocisteína dos doentes cardiovasculares. Também se verificou que a concentração de Lp(a) era maior nos indivíduos com níveis suficientes de vitamina D. Constatou-se, ainda, que havia uma relação inversa entre o estado de vitamina D e a altura dos indivíduos. Por último, apesar da Madeira estar numa posição geográfica favorável à produção de vitamina D durante todo o ano, verificou-se que a deficiência e insuficiência de vitamina D são frequentes. Porém, importa salientar que este foi um estudo preliminar nesse sentido e, para uma melhor avaliação, seria necessária uma amostra mais representativa da população madeirense.
- Sistemas estruturais para torres eólicasPublication . Pestana, Diogo Alexandre Correia; Santos, José Manuel Martins Neto dos; Escórcio, Patrícia Carlota CostaA produção da energia eólica tem vindo a subir exponencialmente ao longo dos anos em todo o mundo, devido ser a energia renovável com menor impacto ambiental. Para tal são necessárias torres eólicas de altura elevada que suportam os geradores, dependendo de diversos parâmetros como a altura da torre, local de implantação (onshore ou offshore) e tipo de sistemas estruturais a utilizar. Esta dissertação tem como intuito avaliar qual o sistema estrutural mais adequado para diferentes alturas, ambientes distintos (terra e mar) e tipo de material. As ações impostas nas torres no seu dimensionamento foram a ação do vento, a ação da onda do mar e a ação sísmica. O processo de dimensionamento foi desenvolvido no programa Microsoft Excel, respeitando sempre os pressupostos expostos nos Eurocódigos e RSA. Quanto à modelação das torres, foi adotada uma geometria definida pelo autor, de modo a que cada uma verificasse a segurança. A modelação das 20 torres foi feita no programa de cálculo SAP2000 - Structural Analysis Program. Depois de cada torre ter sido modelada e dimensionada, passou-se à fase da análise e comparação entre elas, diferenciando estas pelo local em que estão colocadas, chegando assim a uma conclusão de qual o sistema estrutural mais vantajoso de ser contruído tanto a nível económico como estrutural nos dois meios distintos. Concluiu-se que nas torres onshore, as torres treliçadas de aço são mais vantajosas para uma construção com alturas superiores aos 100 metros enquanto as torres tubulares em aço são mais vantajosas abaixo dessa mesma altura, pois são mais económicas do que as de betão. Quanto às torres offshore, apenas as torres tubulares de aço são as mais indicadas, independentemente da sua altura.
- CA-125 e HE4: o seu papel como biomarcadores em cancro do ovárioPublication . Abreu, Dina Rodrigues de; Rosa, Patrícia Alexandra da Silva; Gaspar, Hugo Manuel RodriguesApesar da sua baixa prevalência e incidência, o cancro do ovário (CO) é a principal causa de morte do foro ginecológico. A sua deteção precoce é importante, porque a taxa de sobrevivência global aos 5 anos pode atingir os 90% nos estádios iniciais (I-II) mas varia entre os 20 e 50% em estádios avançados (III-IV). O CA-125 é o único marcador tumoral recomendado para o diagnóstico de CO. Embora apresente uma boa sensibilidade em estádios avançados, é pouco útil na identificação de estádios precoces e sua distinção de condições ginecológicas benignas (GB), assim como na distinção dos subtipos histológicos. Com este estudo, avaliou-se a utilidade clínica dos marcadores CA-125 e HE4 (isoladamente, combinados ou interpretados pelo algoritmo ROMA) em prever o risco de malignidade de uma massa anexial e assim distinguir CO de GB. Foram avaliadas 45 mulheres com massa anexial (12 CO, 3 borderline e 30 GB) e 30 controlos saudáveis, recrutadas no Hospital Dr. Nélio Mendonça. Para os marcadores tumorais e algoritmo ROMA, foram determinados os índices de sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e precisão (ROC-AUC). O CA-125 obteve a melhor sensibilidade (83,3%) e VPN (90,9%), seguido de combinação CA-125 ou HE4 (83,3% e 90,5%), ROMA (66,7% e 85,2%), combinação CA-125 + HE4 (50,0% e 82,4%) e HE4 (50,0% e 81,8%). A combinação CA-125 + HE4 obteve a melhor especificidade (93,3%) e VPP (75,0%), seguido do HE4 (90,0% e 66,7%), ROMA (76,7% e 53,3%), CA-125 (66,7% e 50,0%) e combinação CA-125 ou HE4 (63,3% e 47,6%). O CA-125 obteve a melhor precisão (AUC 0,878), seguido do ROMA (AUC 0,875), combinação CA-125 ou HE4 (AUC 0,856) e HE4 (AUC 0,786). Assim, o presente estudo corrobora uma utilidade clínica superior de CA-125 isolado, relativamente à da utilização de HE4 ou do algoritmo ROMA, na diferenciação de massas anexiais benignas de malignas.