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  • O Paraíso e Outros Infernos de José Eduardo Agualusa: viagem, cosmopolitismo e utopia
    Publication . Coelho, Leonor Martins
    Publicado em 2018, O Paraíso e Outros Infernos acentua, por um lado, a intertextuali dade da escrita de José Eduardo Agualusa, desvenda, por outro lado, uma geografia da Relação, permite, por último, (entre)ver o olhar crítico que o escritor tece sobre o contexto global. Nascido em Angola, o escritor valoriza a Viagem, o contacto com o Outro e a (re)descoberta de um mundo cosmopolita e dialogante. Feita de encontros, a sociedade hodierna aponta, também, para desencontros e renovadas distopias. Neste volume de crónicas e de notas diarísticas, sob o signo auspicioso do cosmopolitismo cultural e literário, bem como o signo da gramática do humano, revela-se o modo utó pico de entender o(s) mundo(s) em diálogo. Se Agualusa observa autoritarismos e dissonâncias, a sua escrita é motor para um mundo em consonância, quer em termos identitários, quer em termos de construção social e cultural.
  • A experiência ficcional de Gérard Aké Loba: utopia e construção da identidade pós-colonial
    Publication . Coelho, Leonor Martins; Martins, Maria de Lourdes Câncio
    A experiência ficcional de Gérard Aké Loba — Kocoumbo, l’étudiant noir(1960), Les fils de Kouretcha (1970), Les dépossédés (1973) e Le sas des parvenus(1990), ancorada na dinâmica de culturas, no respeito e na honorabilidade do Eu e do Outro, centra-se na problemática da utopia e da construção da identidade pós-colonial. Considerando que a Literatura, enquanto sistema semiótico de produção e recepção de textos, se encontra vinculada a uma visão do mundo, iremos ver como nela se manifestam as relações entre o Ocidente (Europeu) e as regiões da África francófona (Costa do Marfim) no percurso das metamorfoses que conduzem ao Pós-Colonialismo. Procuraremos, de igual modo, problematizar a utopia, e também a distopia, comungando da proposta de Éric Aunoble2, para quem estas questões deverão ser compreendidas na sua relação com o tempo e com a historicidade presente por tentarem responder “aux attentes de leurs temps”.
  • Romanceiro da Terra Morta, de José Viale Moutinho – Diversidades e sentidos da utopia
    Publication . Coelho, Leonor Martins
    Romanceiro da Terra Morta, de José Viale Moutinho, permitir-nos-á ver a forma como neste repositório o autor recria cartografias da dissonância, reavivando, por um exí mio exercício da memória, a diversidade cultural, patrimonial e identitária do mundo português. Numa sociedade subordinada à distopia como a que marcou o tempo da velha senhora em Portugal, muitas estórias recriadas pela capacidade efabulatória do escritor captam um manancial diverso e rico de situações, gentes e lugares, recuperando, assim, um legado distópico de uma época que não deve ser novamente tolerada. Ao fixar estes registos no seu Romanceiro, José Viale Moutinho retém cenários que gerações do pós-memória não devem consentir. Trata-se, pois, de uma escrita que roça a utopia pela veia denunciadora das disforias pretéritas.