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  • O apelo do diverso nos contos de Mia Couto e Milton Hatoum
    Publication . Martins, Celina
    A análise comparatista incide nos contos “O embondeiro que sonhava pássaros” de Mia Couto e “Um oriental na vastidão”, de Milton Hatoum, reflectindo sobre o modo como os protagonistas estabelecem ligações com o Diverso, construindo identidades rizomas (Glissant, 1990) na dinâmica da Poética da Relação. A narrativa de Couto explora um imaginário mítico que valoriza a metamorfose do sujeito em árvore como forma de transcendência, ao passo que, em Hatoum, o cientista japonês, inscrito na noção do exota de Segalen (1978), cria a conexão fusional com a natureza amazónica como novo lugar de pertença numa perspectiva de regeneração.
  • Viagem e metamorfose na escrita de Mia Couto
    Publication . Martins, Celina
    A partir da imaginação concebida por Bachelard como devaneio poético, sonda-se a viagem interior sob o signo da metamorfose na poesia e ficção de Mia Couto. O sujeito lírico adentra-se num espaço de imaginação (re)criadora que lhe permite criar imagens inéditas, reinventando a sua mátria e reconstruindo-se como ser renovado a partir da experiência do mito do andrógino. Para Couto, viajar é estar disponível para receber outros estados de alma.
  • As vozes da velhice nos contos de Mia Couto
    Publication . Martins, Celina
    A nossa leitura incide na análise de três contos de Mia Couto, intitulados “Nas águas do tempo”, “O cachimbo de Felizbento” e “Sangue da avó, machando a alcatifa”, em que os idosos representam os guardiões da tradição e os detentores da memória colectiva. A partir da metáfora da cegueira, o primeiro conto denuncia a ruptura do sujeito moçambicano com o saber ancestral, assumindo a função do contador de histórias, que constrói a ponte entre os vivos e os mortos. Como voz da lucidez, o ancião transmite o culto dos antepassados ao neto em diversas travessias no rio, pautadas pelo ritual iniciático. No segundo conto “O cachimbo de Felizbento”, o idoso resiste aos avanços da guerra civil que o ameaçam de deslocação. Aferrado ao seu mundo vital, o camponês preserva o seu enraizamento à terra mediante a imagem da cova e a transformação regeneradora em árvore. No terceiro conto, num simbolismo que rompe com a fronteira entre o real e o sobrenatural, a avó Carolina cumpre o papel de advertir o esquecimento das raízes tradicionais através da metáfora do sangue irremovível como signo da ferida dos anciões excluídos da sociedade capitalista, forçados a enfrentar o choque entre tradição e modernidade.