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- O senso comumPublication . Rodrigues, Liliana; Correia, FernandoO senso comum, também denominado de ponto de vista natural, tende a ver-se como um ponto de vista lúcido disponível para as revisões de perspetivas que se venham a impor. Ora, o nosso ponto de vista não é um livre olhar. É antes um servo olhar. Há uma prevalência das teses naturalmente constituídas sobre as que sejam inovadoras. As teses alternativas ao modo natural de compreender o mundo são residuais, quer dizer, não estão presentes permanentemente. Parece, pois, que a educação se constitui sobre uma condição que implica a sua própria ineficácia. Não acontece que se suprima o senso comum. O que se produz em resultado da educação é a coexistência de duas perspetivas diferentes, mas que não leva de modo algum a uma crise de desorientação. A perspetiva natural sobrevive a esta aparência de coexistência e de prevalência daquilo que foi ensinado.
- Aprender na prática: comunidades de prática e aprendizagem experimentalPublication . Correia, Fernando; Rodrigues, LilianaSe é verdade que a aprendizagem é um fenómeno que é altamente influenciado pela partilha, funcionando quer os artefactos quer as pessoas com quem estamos como andaimes (scaffolding) para a sua construção, ela é também um processo si tuado. Segundo Lave e Wenger, este conceito de aprendizagem situada reforça a im portância do contexto cultural do indivíduo, não podendo a aprendizagem ocorrer num vazio de conteúdo, pois quanto maior for a ligação do indivíduo ao contexto onde esta ocorre melhor esta será. De certa forma, as comunidades de prática fun cionam como um processo de aprendizagem, cada vez mais comum, por promove rem um tipo de aprendizagem situada. Esta aprendizagem é situada numa prática comum e é pelo envolvimento na prática social que aprendemos e nos tornamos no que somos. Estas novas perspectivas sobre a aprendizagem valorizam aspectos como apren der na prática, gestão do conhecimento, associados a processos de colaboração e cooperação que podem ocorrer quer presencialmente quer através da rede.
- A filosofia como discurso, intervenção e liberdadePublication . Rodrigues, Liliana; Correia, FernandoA ideia de que o pensamento e o discurso são condições necessárias para a mu dança dos esquemas e estruturas sociais trazem consigo a exigência da Educação para a Liberdade. Uma Educação que compreenda o Discurso como ação sobre o mundo, isto é, atri buir à Filosofia o lugar que lhe é devido. Esse lugar não é de ser chefe de governo, ou o Rei-Filósofo de Platão, mas o de ser educador pela discussão e pelo diálogo. Numa altura de grandes crises, em que a Filosofia está moribunda por força das redes sociais e do pensamento inócuo dos media, como resgatar as inquietações [que serão] “sempre […] a resposta a tais crises [?]. […]. O mundo pode existir sem filósofos, mas porque não, pode também existir sem homens!” (Gadotti, 1980, p.29). Assim, o grande desafio é a execução dos ensinamentos da ideia da crítica e da li berdade num mundo que se deixa escorregar numa aparente ausência de conflito e de sentido.