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  • A vitalidade de “amecê” no concelho de Machico (Madeira)
    Publication . Olim, Jéssica Freitas; Rebelo, Helena
    Em dois momentos (um primeiro geral ou de contextualização e um segundo com dados de um inquérito circunscrito), pretendemos abordar uma forma de tratamento que está a ser cada vez menos usada, no século XXI, quando parece ter tido, no passado, grande vitalidade, no arquipélago madeirense. Trata-se de “amecê” que se ouvia correntemente na ilha da Madeira. Foi atestada em ambiente familiar no concelho de Machico, aqui em estudo, há vinte e cinco anos, em usos comuns no diálogo com idosos, num nível de língua popular e coloquial. Qual a sua etimologia? Que signiªcação e usos continua a ter?
  • Património linguístico e informática: de termos técnicos estrangeiros a vocábulos comuns portugueses
    Publication . Pão, Pedro Afonso; Rebelo, Helena
    O que terão em comum o Património Linguístico e a Informática? Até que ponto se podem relacionar? Terá a Informática contribuído para o enriquecimento, no sentido de “aumen to”, lexical do Património Linguístico da Língua Portuguesa? A par destas, são inúmeras as ques tões que as tecnologias e as “novas” ciências, como a Informática, colocam à Linguística, sobre tudo na área da Lexicologia e da Lexicografia. Apresentamos alguns resultados de uma pesquisa, desenvolvida através de um inquérito, e da qual tiramos algumas conclusões. Propomo-nos, no meadamente, dar conta de termos técnicos do âmbito da Informática que já se tornaram vocabu lário comum da Língua Portuguesa e que, por isso mesmo, deverão constar de qualquer dicioná rio de Português Contemporâneo. São, na maioria, estrangeirismos, nomeadamente anglicismos, mas há também neologismos e siglas ou acrónimos. Conhecidos e usados por várias gerações de falantes, mas, em particular, pelas mais novas, ganham, com elas, um uso generalizado e comum. É o que nos propomos demonstrar.
  • Da paisagem à paisagem linguística como património ou da prática à teoria: para uma tipologia da paisagem linguística
    Publication . Rebelo, Helena
    A paisagem tem sido alvo de estudo em diversas disciplinas. No âmbito da Linguística, tem aparecido a chamada “paisagem linguística”, que tem sido analisada sob diversos ângulos, incluindo uma abordagem interdisciplinar. É um assunto que também importa ao Património Linguístico, a vários níveis. Impõe-se responder às questões: Até que ponto será linguística a paisagem? Vê-se apenas ou lê-se, a paisagem? Vai-se realizando investigação sobre o assunto. Indo da prática à teoria, tem-se observado que existem vários níveis, isto é, degraus, a considerar para estabelecer uma tipologia da Paisagem Linguística. Assim, parte-se da paisagem em si, sem qualquer marca linguística, passando por aquelas que ganham um ou mais sinais esporádicos ou permanentes, em número reduzido e contável ou incontável por se multiplicarem.
  • Os nomes das receitas: um património linguístico regional, nacional ou internacional?: uma análise lexical
    Publication . Rebelo, Helena
    Num mundo globalizado, com valorização crescente do património regional (cf. dieta mediterrânica), as receitas culinárias tendem a generalizar-se. As comidas regionais podem assumir contornos mundiais, reconhecidas pelo seu nome. As revistas de culinária assumem esse papel de transmissão, que, no passado, era operado oralmente, de geração em geração, no seio da família ou da comunidade. Os nomes atribuídos aos pratos não serão, portanto, completamente arbitrários. Há receitas de comidas e bebidas cujos intitulados ignoram os nomes dos ingredientes (jardineira, canja, tim-tam-tum, brisa). Outras dão conta deles e do modo de preparação, (espada com banana, frango assado). Umas quantas revelam a sua proveniência geográfica (carne de porco à alentejana, vinho do Porto). Muitas correspondem a estrangeirismos (“crepes”, “vodka”). Considerando estes e outros tipos de intitulados, as designações das receitas merecem ser estudadas porque constituem um considerável património linguístico. Pretende-se analisar, num plano linguístico, os intitulados das receitas de alguns números da revista Continente Magazine, “a revista de culinária mais vendida em Portugal”, tendo também em conta dois livros de receitas madeirenses. No total, a amostra comporta 537 nomes de receitas. Que tipo de léxico dá nome às receitas? O vocabulário é essencialmente nacional ou predominarão muitos estrangeirismos? Haverá, por exemplo, algumas comidas e bebidas da Madeira, ou seja, referências locais e regionais? Os nomes das receitas divulgadas correspondem, sobretudo, a um património linguístico alimentar regional, nacional ou internacional? Procurando responder a estas questões, analisam-se os 537 nomes de receitas através das seguintes variáveis: autoria, designação, extensão, estrutura e origem.
  • Um património linguístico em vias de extinção ou a sabedoria linguística dos idosos analfabetos: o arado, o carro de bois e o linho
    Publication . Rebelo, Helena
    Actualmente, em Portugal, a escolaridade obrigatória é de 12 anos, mas nem sempre foi assim. As mudanças políticas fizeram com que a população tivesse níveis de escolaridade diferentes. Muitos idosos com mais de 70 anos não tiveram acesso a qualquer educação escolar. São analfabetos que, embora não sendo escolarizados, têm uma sabedoria linguística impar. Os seus conhecimentos técnicos constituem um vasto património linguístico que se extinguirá progressivamente, se não for conser vado. Pretende-se fazer uma demonstração que comprove isso mesmo, através de um levantamento lexical (relacionado com o arado, o carro de bois e o linho) testado com estudantes universitários.
  • Contributo para a definição de “saloia” no âmbito do património linguístico: função das “saloias” na festividade do espírito santo no Arquipélago da Madeira
    Publication . Rebelo, Helena
    O culto português ao “Divino Espírito Santo” é, nas ilhas portuguesas atlânticas, uma realidade ancestral que assumiu contornos específicos, consoante as vivências das populações. Nos territórios madeirenses, da Páscoa ao Pentecostes, saem à rua as “visitas do Espírito Santo”. Indo de casa em casa das famílias que abrem a porta, vão as insígnias representativas da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: o Espírito Santo. Em quase todos os locais, há umas meninas trajadas de modo particular e diverso, segundo os locais, que levam, obrigatoriamente, um cesto. O grupo pode incluir músicos que revestem, com frequência, o vestuário do quotidiano, opondo-se aos restantes elementos que trajam de um modo identificador. Deste conjunto, no presente caso, importa destacar as meninas designadas por todos os falantes como “saloias”. Tem-se desenvolvido investigação relativa a esta manifestação patrimonial que, até ao momento, se considera especificamente madeirense. A pesquisa, sobretudo do domínio do Património Linguístico, mas também do Património Cultural Imaterial, tem versado sobre a origem do termo “saloia” e a procura de uma explicação para o vocábulo, inesperadamente, estar relacionado com as visitas pascais do Espírito Santo. Neste trabalho, visando o aprofundamento da definição do conceito regional, pretende-se abordar a função das “saloias”. Colocam-se as seguintes questões: Que função desempenham as “saloias” nas “visitas do Espírito Santo” nas localidades do arquipélago, no século XXI? Serão apenas “cantoras”? Por que razão ter crianças com vozes, por vezes, extremamente agudas e pouco harmoniosas, a cantar, quando, como para os músicos, se poderiam conseguir adultos que cantassem? Terão elas assumido “desde sempre” a tarefa de cantar? Na fase de pesquisa, é possível concluir que a função primeira das “saloias” não seria, propriamente, a de cantoras. É o que se pretende demonstrar.
  • Património linguístico: um estudo lexical na lombada da Ponta do Sol
    Publication . Rebelo, Helena; Gomes, Nulita
    O Rapazinho da Lombada” de Mariana Xavier da Silva é estudado nas aulas de Português da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol (Madeira – Portugal) pelos alunos do 6º ano. Estes não revelam ter muitas dificuldades em entender a versão adaptada daquele texto do século XIX, que contém um vasto património lexical com inúmeras particularidades regionais e popu lares. Dada esta experiência, procurámos compreender se muito do léxico presente naquele texto é conhecido pela população, permanecendo actual. Neste sentido, seleccionaram-se 138 termos organizados por ordem alfabética e, com eles, preparou-se um questionário que foi aplicado a duas gerações da Lombada da Ponta do Sol (Arquipélago da Madeira): pais e filhos. Damos conta dos resultados obtidos para os filhos (crianças de 5º ano) e respectivos encarregados de educação (adultos) para entender a vitalidade de uma parte do nosso património linguístico.