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Authors
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Abstract(s)
Com base nos estudos pós-modernos sobre a globalização (Rodrigues & Devezas, 2009),
este artigo começa por fazer um levantamento, a nível global, das barreiras físicas criadas pelo
homem, nas duas últimas décadas, para impedir a livre circulação das pessoas (Canário, 2015).
Seguidamente, após proceder à distinção entre imigrante e refugiado (Mezzadra, 2015),
apresenta um extenso rol de legislação produzida por organizações políticas mundiais, como a
Organização das Nações Unidas, a Organização Internacional do Trabalho, o Conselho de
Europa e a União Europeia, para chegar à conclusão de que pouco se tem avançado na sua
adaptação em termos nacionais.
Relativamente ao currículo, e encarando-o como a corporificação da cultura cujo legado
sócio-histórico se pretende transmitir às novas gerações (Sousa, 2015), o artigo debruça-se sobre
o conceito de fronteira enquanto instituição social (Vila, 2015), que separa e diferencia,
categorizando e hierarquizando culturas dominantes face às demais, num processo hegemónico
de superioridade cultural, étnica, racial e religiosa, tendo como lente de análise crítica os estudos
culturais (Giroux et al., 1988; 1989; 1993; 1997) e as teorias pós-coloniais (Altbach, 2003; Aschcroft
et al., 2013; Docker, 2003; Nkrumah, 1965).
Finalmente conclui que os estudos curriculares não se devem manter reféns da análise
autocrítica do ponto de vista do pensamento ocidental, mas devem refletir em geral sobre as
questões de hegemonia refletidas no currículo, independentemente de se situarem no Norte ou
no Sul, no Ocidente ou no Oriente.
A diferença “não é estabelecida de forma isolada e independente. Ela
depende de processos de exclusão, de guarda de fronteiras, de estratégias de
divisão. A diferença nunca é apenas e puramente diferença, mas também e
fundamentalmente hierarquia, valoração e categorização” (Silva et al., 2001, p.
26).
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Keywords
Currículo Fronteiras Migrações . Faculdade de Ciências Sociais
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Publisher
Centro de Investigação em Educação (CIEd)