Browsing by Author "Rebelo, Helena"
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- António Aragão e a linguagem da sexualidade acerca do título Um Buraco na Boca para uma reflexão linguísticaPublication . Rebelo, HelenaA Linguística estuda a linguagem verbal, seja em que vertente for, e a Literatura é um domínio que a usa. Em algumas obras, há questões relacionadas com a Sexualidade e observar a linguagem usada para essa temática é, crê-se, do interesse da Linguística. Poderia pensar-se ser, exclusivamente, do âmbito da Sexologia, mas esta linha de investigação tem suscitado pesquisa, desde que se tentou demonstrar que não são as línguas que são sexistas (feministas ou machistas), mas as culturas e as sociedades que representam. Esta linha relaciona a Linguística com a Literatura, contribuindo para tratar temas diversos. Aqui, a proposta é abrir o livro Um Buraco na Boca de António Aragão e propor uma reflexão linguística, partindo do título dessa obra, sobre a linguagem da sexualidade. O tema do incesto que trata é, no geral, pouco abordado porque é proscrito, sobretudo no mundo ocidental do século XXI. Porém, é sabido que quase todas as questões de violência doméstica, nos países ditos “civilizados”, ocorrem essencialmente no seio da família. Que abordagem linguística lhe dá António Aragão na obra Um Buraco na Boca? Terá esse título um sentido sexual? É o que se propõe demonstrar neste estudo.
- Aprender a falar PLE pelo método da pronúncia figurada: o caso das vogais orais em obras de pedagogos do século XIX publicadas na FrançaPublication . Rebelo, Helena; Santos, Thierry Proença dosEnsinar a falar uma língua viva a estrangeiros não é tarefa fácil e fazê-lo pela escrita torna-se ainda mais complexo. Isso comprova-se na transição do século XIX para o XX, no processo de ensino/aprendizagem da pronúncia do Português como Língua Estrangeira (PLE) para francófonos. Naquela época, em França, ao ensinar a falar PLE através do método da “pronúncia figurada”, privilegiavam a escrita. Este recurso foi seguido pelos gramáticos-pedagogos G. Hamonière, Paulino de Souza e Luís Simões da Fonseca. Damos uma visão geral das suas propostas, comparando-as quanto ao vocalismo oral, a fim de saber que pronúncia ensinavam.
- O arquipélago da Madeira, região europeia, e o AMPER, projecto transeuropeu: uma amostra da prosódia feminina madeirensePublication . Rebelo, Helena: A Região Autónoma da Madeira é considerada uma região ultraperiférica relativamente aos centros de decisão nacionais e europeus, nomeadamente os da União Europeia. Se isso sucede a diversos níveis (económico, político, etc.), também acontece no âmbito dos Estudos Linguísticos. A interligação com investigadores de outras universidades, incluindo as nacionais, mas também as internacionais (europeias e transeuropeias), permite sair desta periferia que, no fundo, é apenas aparente. Em pleno Atlântico, esta região ocupa uma posição estratégica, interessando os estudos que aqui são desenvolvidos. Este trabalho apresenta uma amostra da prosódia feminina regional. Debruça-se sobre algumas estruturas frásicas produzidas pelas seis informantes gravadas na região para o AMPER, uma em cada um dos seguintes pontos de inquérito: Santa Maria Maior, São Martinho, Calheta, São Jorge, Campo de Baixo e Camacha (no Porto Santo). Comparam-se diversos dados, essencialmente a evolução da curva melódica em frases simples de tipo declarativo com as correspondentes interrogativas directas.
- Balamento/balamente/belamento/belamente: reza!Publication . Lacché, Alessio; Rebelo, Helena; Rebelo, Helena
- A Carta Europeia das línguas regionais ou minoritárias e as línguas românicas nos manuais de linguística românicaPublication . Rebelo, HelenaCom a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, o tema das línguas europeias não oficiais, nomeadamente as românicas, parecia ganhar destaque. Porém, quem estuda Linguística Românica tenderá a dar predominância às línguas nacionais, as dominantes, que também são línguas oficiais da União Europeia. As que, politicamente, não têm esse estatuto vão sendo esquecidas. Para o comprovar, bastará observar os manuais de Linguística Românica publicados e divulgados, inclusive na Internet. Que alcance teve a Carta desde 1992 em quem estuda Linguística Românica? Que vitalidade tem, ou pode ter, a Carta em manuais de Linguística Românica?
- ComunicaçãoPublication . Rebelo, Helena
- O conceito de “unidade”. A pluralidade do singular nas imagens de Chiara LubichPublication . Rebelo, HelenaChiara Lubich (1920-2008) é uma das fguras femininas mais marcantes do século XX italiano, mas a sua infuência não fcou pelas fronteiras italianas, já que o seu carisma (a unidade) se abriu ao mundo. Ao Movimento dos Focolares que fundou, aderiram pessoas de praticamente todos os países hoje existentes, conferindo-lhe um cunho internacional, multicultural e multilíngue. Com particular relevância para a Linguística, em especial a Linguística Comparada e a Linguística Românica, a sua intervenção realizou-se essencialmente através da palavra, comunicada, oralmente e por escrito, em italiano, com traduções em muitíssimas línguas. Procura-se, através de alguns dos seus textos escritos, compreender as imagens linguísticas (construídas com os recursos estilísticos comparações e metáforas) que foram utilizadas para explicar a sua mensagem de modo simples a qualquer pessoa. Realçam-se, aqui, sobretudo, as imagens que usou para explicitar o conceito de “unidade” e chega-se à conclusão de que o singular “unidade” é apresentado como um plural. Designou-se este recurso pedagógico-linguístico de Chiara Lubich por “composição unitária”, revelando-se como uma pluralidade do singular.
- Contributo para a definição de “saloia” no âmbito do património linguístico: função das “saloias” na festividade do espírito santo no Arquipélago da MadeiraPublication . Rebelo, HelenaO culto português ao “Divino Espírito Santo” é, nas ilhas portuguesas atlânticas, uma realidade ancestral que assumiu contornos específicos, consoante as vivências das populações. Nos territórios madeirenses, da Páscoa ao Pentecostes, saem à rua as “visitas do Espírito Santo”. Indo de casa em casa das famílias que abrem a porta, vão as insígnias representativas da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: o Espírito Santo. Em quase todos os locais, há umas meninas trajadas de modo particular e diverso, segundo os locais, que levam, obrigatoriamente, um cesto. O grupo pode incluir músicos que revestem, com frequência, o vestuário do quotidiano, opondo-se aos restantes elementos que trajam de um modo identificador. Deste conjunto, no presente caso, importa destacar as meninas designadas por todos os falantes como “saloias”. Tem-se desenvolvido investigação relativa a esta manifestação patrimonial que, até ao momento, se considera especificamente madeirense. A pesquisa, sobretudo do domínio do Património Linguístico, mas também do Património Cultural Imaterial, tem versado sobre a origem do termo “saloia” e a procura de uma explicação para o vocábulo, inesperadamente, estar relacionado com as visitas pascais do Espírito Santo. Neste trabalho, visando o aprofundamento da definição do conceito regional, pretende-se abordar a função das “saloias”. Colocam-se as seguintes questões: Que função desempenham as “saloias” nas “visitas do Espírito Santo” nas localidades do arquipélago, no século XXI? Serão apenas “cantoras”? Por que razão ter crianças com vozes, por vezes, extremamente agudas e pouco harmoniosas, a cantar, quando, como para os músicos, se poderiam conseguir adultos que cantassem? Terão elas assumido “desde sempre” a tarefa de cantar? Na fase de pesquisa, é possível concluir que a função primeira das “saloias” não seria, propriamente, a de cantoras. É o que se pretende demonstrar.
- A criação de gado e as expressões orais: breve comparação do volume I do Atlas Linguístico-Etnográfico da Madeira e do Porto Santo com o dos AçoresPublication . Nunes, Naidea; Rebelo, Helena
- Da paisagem à paisagem linguística como património ou da prática à teoria: para uma tipologia da paisagem linguísticaPublication . Rebelo, HelenaA paisagem tem sido alvo de estudo em diversas disciplinas. No âmbito da Linguística, tem aparecido a chamada “paisagem linguística”, que tem sido analisada sob diversos ângulos, incluindo uma abordagem interdisciplinar. É um assunto que também importa ao Património Linguístico, a vários níveis. Impõe-se responder às questões: Até que ponto será linguística a paisagem? Vê-se apenas ou lê-se, a paisagem? Vai-se realizando investigação sobre o assunto. Indo da prática à teoria, tem-se observado que existem vários níveis, isto é, degraus, a considerar para estabelecer uma tipologia da Paisagem Linguística. Assim, parte-se da paisagem em si, sem qualquer marca linguística, passando por aquelas que ganham um ou mais sinais esporádicos ou permanentes, em número reduzido e contável ou incontável por se multiplicarem.