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  • O uso do símile no poema A tomada de Tróia de Trifiodoro
    Publication . Pinheiro, Joaquim
    Propomo-nos analisar o uso do símile no poema épico de Trifiodoro (Ἰλίου ἅλωσις). A partir da identificação dos símiles no poema, procuraremos (i) classificá-los por temáticas, (ii) estabelecer uma relação com o contexto narrativo e com a própria estrutura do poema e (iii) comparar o seu efeito retórico com aquele que o símile produz nos Poemas Homéricos. Para enquadrar a dinâmica do símile no poema, será necessário recorrer aos princípios teóricos de alguns tratados ou manuais da retórica clássica.
  • A perenidade do binómio política-retórica no Anónimo Segueriano (ou a Arte do discurso político)
    Publication . Pinheiro, Joaquim
    O texto conhecido por Anónimo Segueriano, assim designado pelo facto de ter sido descoberto por Séguier de St. Brisson, em 1838, na Biblioteca Real de Paris, ajuda-nos a compreender melhor a evolução da retórica clássica. Editado pela primeira vez em 1840 e preservado num único manuscrito (Par. gr. 1874), também conhecido pelo título Arte do discurso político, levanta muitas dúvidas quanto à sua autoria, mas também a concepção e a transmissão são motivo de discussão entre os estudiosos (Graeven 1891, Dilts & Kennedy 1997, Vottero 2004 e Patillon 2005). Não são estas questões que analisaremos, mas o conteúdo retórico do tratado, em especial a sequência das quatro partes do discurso político (exórdio, narração, argumentação e peroração), com o indispensável enquadramento da temática na tradição retórica clássica (Aristóteles, Cícero, Quintiliano, Hermógenes, entre outros). Sobretudo para explorar a relação entre orador e auditório, um dos aspectos fundamentais da retórica política, abordaremos, em particular, as características que o tratado expõe sobre o exórdio ou proémio (§§4-39), bem como as fontes que utiliza.
  • Sobre comer carne
    Publication . Pinheiro, Joaquim; Plutarco
    O tratado De esu carnium (Sobre comer carne) chegou-nos na forma de dois logoi, com múltiplas lacunas, sobretudo o segundo logos. Recuperando temáticas já desenvolvidas pela doutrina pitagórica, por Xenócrates, por Teofrasto ou pelos Estóicos, Plutarco argumenta sobre a natureza dos seres vivos, no âmbito da relação entre homem e animal. À semelhança de outros tratados do corpus plutarcheum, como Bruta animalia ratione uti (Os animais são racionais), mais conhecido por Gryllus (Grilo), ou o De sollertia animalium (Sobre a inteligência dos animais), a narrativa desenvolve-se em torno de questões relacionadas com a natureza e a psicologia dos animais, como a possibilidade de existir virtude e razão entre os animais, defendendo Plutarco a philanthropia e a generosidade com que se deve tratar todos os seres vivos, opondo-se, dessa forma, ao simples utilitarismo ou ao problemático princípio da necessidade. Sendo um dos tratados zoológicos, o De esu carnium é também um texto de carácter retórico pelo facto de Plutarco construir, por oposição aos Estóicos, uma teoria argumentativa que sustenta a ideia de que comer carne é παρὰ φύσιν (‘contra a natureza’).
  • Entre Atenas e Roma: a retórica identitária de Plutarco
    Publication . Pinheiro, Joaquim
    Para o debate sobre a identidade no Período Imperial e na Segunda Sofística, as Vidas e os Tratados Morais de Plutarco desempenham um papel fundamental. Por se con centrarem na produção literária personagens de épocas distintas, trata-se de um tema complexo, até pelo facto de as fronteiras entre povos e culturas serem cada vez mais difusas. Como Plutarco (re)define a identidade do cidadão do Império, num espaço alargado de diálogo cultural, feito de diferenças e semelhanças, é o tema do nosso trabalho.
  • Corpo e palavra, medicina e retórica: intertextualidades
    Publication . Pinheiro, Joaquim
    Nos tratados médicos antigos, existe uma preocupação com o estilo e a dispositio do discurso. Esse facto deve-se, por exemplo, ao carácter didáctico desses textos e à preocupação em os tornar perceptíveis para o leitor. É, no entanto, objectivo do nosso trabalho apresentar vários exemplos de processos de similitude entre a arte médica e a arte retórica, ou seja, como se interpenetram no discurso o poder da palavra e o efeito dos princípios médicos, tomando como ponto de partida as palavras de Górgias no Elogio a Helena (14). Para justificar a atitude de Helena e desconstruir a teoria dos que a acusaram em poemas, Górgias enfatiza a força persuasiva da palavra. Nesse sentido, um dos elementos de reflexão do nosso trabalho será demonstrar que o efeito da palavra pode ser imprevisível, no bom ou mau sentido, não detendo o orador um domínio total da situação. Tanto na palavra como no corpo o domínio não é total. Por isso, corpo e palavra têm elementos em comum que alguns autores antigos aproximam por meio de metáforas ou outras figuras de estilo. Sobretudo entre autores da retórica grega, faremos uma selecção de textos a interpretar, explorando os elementos enunciados, de forma a reflectir sobre a problemática da techne retórica clássica, que se mantém actual nos nossos dias, em formas e meios distintos.